dEUS NA COLEIRA – PARTE 3 : TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

Referências : I Tim cáp 6 (LEIA PELO AMOR DE DEUS!!)
[1] http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/religiao/teologia-da-prosperidade.html

Pastor da teologia da prosperidade fazendo sua pregação

De todos os deuses na coleira, acho que o da teologia da prosperidade é o mais bem adestrado.  A visão de Deus passada pelos defensores dessa pilantragem, é a de um Deus que é praticamente servo, e vive para satisfazer a vontade do “fiel”. O que me espanta é a clareza com que a bíblia trata e desbanca a pregação voltada à riqueza (basta ler a referência), mas mesmo assim muitas pessoas engolem isso facilmente, o que prova que o cristão não busca conhecer Deus (Os 4:6 – 6:6), mas prefere a versão divina que mais lhe agrada. Antes eu tinha pena do pessoal que sentava no banco e era enganado, mas hoje eu vejo que eles só estão ali ouvindo e gostando daquilo porque na verdade eles também são gananciosos e a pregação da prosperidade só encontra solo féril para germinar porque os membros também têm em seu coração a vontade de usar Deus como um mordomo para atingir seus fins pessoais. Porque cada um é pego em seus próprios desejos (Tg 1:14)

Antes de refutar, vamos ver como e de que intestino essa merda surgiu.
(tudo que escrevi entre aspas pode ser conferido no link do início do texto)

"A teologia da prosperidade pode ser entendida como um conjunto de princípios que afirmam que o cristão verdadeiro tem o direito de obter a felicidade integral, e de exigi-la, ainda durante a vida presente sobre a terra."

"Os seguidores de Hagin (um dos fundadores da Teologia da Prosperidade enfatizam muito que o crente deve ter carro novo, casa nova própria, as melhores roupas, uma vida de luxo."

Vou citar aqui alguns textos que os teólogos da prosperidade baseam sua fé:

“Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: Ergue-te, e precipita-te no mar, assim será feito;

E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.”

Mateus 21:21-22

"9 E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á;
10 Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á."

Lucas cáp 11

Um dos pilares da Teologia da Prosperidade é a confissão positiva, que se basea em 4 etapas, um método o qual Hagin afirma ter recebido do próprio Jesus (sem comentários) que lhe apareceu e mandou escrever 'a fórmula' de 1 a 4.

Confissão Positiva:

1) "Diga a coisa" positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo. De acordo com o que o indivíduo quiser, ele receberá". Essa é a essência da confissão positiva.

2) "Faça a coisa". "Seus atos derrotam-no ou lhe dão vitória. De acordo com sua ação, você será impedido ou receberá".

3) "Receba a coisa". Compete a nós a conexão com o dínamo do céu". A fé é o pino da tomada. Basta conectá-lo.

4) "Conte a coisa" a fim de que outros também possam crer". Para fazer a "confissão positiva", o cristão dever usar as expressões: exijo, decreto, declaro, determino, reivindico, em lugar de dizer : peço, rogo, suplico; jamais dizer: "se for da tua vontade", pois isto destrói a fé.

Devoto da teologia da prosperidade mostrando toda 

a sua felicidade pela sua vida de renúncia

A DOUTRINA DA RECIPROCIDADE

Quando almeja alguma coisa, o cristão deve doar süa "oferta voluntária" e então EXIGIR que Deus cumpra conforme prometeu. O critstão tem a obrigação de investir na obra, e Deus tem a obrigação de abençoar de volta. Assim, Deus estaria preso à própria palavra.

Vejamos trechos do livro do Edir Macedo:
 (não o condene, você não é juiz, só refute o que ele escreveu)

"Comece hoje, agora mesmo, a cobrar d'Ele tudo aquilo que Ele tem prometido (...) O ditado popular de que 'promessa é divida' se aplica também para Deus. Tudo aquilo que Ele promete na sua palavra é uma dívida que tem para com você (...) Dar dízimos é candidatar-se a receber bênçãos sem medida, de acordo com o que diz a Bíblia (...) Quando pagamos o dízimo a Deus, Ele fica na obrigação (porque prometeu) de cumprir a Sua Palavra, repreendendo os espíritos devoradores (...) Quem é que tem o direito de provar a Deus, de cobrar d'Ele aquilo que prometeu? O dizimista! (...) Conhecemos muitos homens famosos que provaram a Deus no respeito ao dízimo e se transformaram em grandes milionários, como o sr. Colgate, o sr. Ford e o sr. Caterpilar." (MACEDO, Vida com Abundância, p. 36)

E prossegue:

"Ele (Jesus) desfez as barreiras que havia entre você e Deus e agora diz volte para casa, para o jardim da Abundância para o qual você foi criado e viva a Vida Abundante que Deus amorosamente deseja para você (...). Deus deseja ser nosso sócio (...). As bases da nossa sociedade com Deus são as seguintes: o que nos pertence (nossa vida, nossa força, nosso dinheiro) passa a pertencer a Deus; e o que é d'Ele (as bênçãos, a paz, a felicidade, a alegria, e tudo de bom) passa a nos pertencer. (MACEDO, Vida com Abundância, pp. 25,85-86) "

Vou colocar um vídeo de um cara aqui que eu admiro sinceramente, só não consigo ver ele pregar sobre dinheiro porque honestamente me dá nojo. Portanto, não vamos apontar nosso dedinho sujo para condená-lo já que ele não deixa de ser um homem de Deus apenas porque disse o que vou mostrar abaixo. Reitero ainda que não assista esse vídeo se tiver problemas cardíacos e nem se tiver acabado de comer.

http://www.youtube.com/watch?v=2EGQHRrJpCg

REFUTANDO!!

Primeiro essa tática de usar pequenos trechos da palavra para justificar alguma doutrina é antiga, o diabo fez isso com o próprio Cristo no deserto. Foi usando versículos isolados que satanás tentou fazer Jesus cair em erro, mas como Cristo é um profundo conhecedor da palavra, refutou satanás usando a própria palavra. Portanto não é de se espantar que os pregadores dessa doutrina consigam aliciar um grande número de seguidores, porque hoje em dia são poucas as pessoas que se dedicam a aprofundar-se na palavra de Deus. 

Além de mal interpretado muitas vezes, dizendo que Deus irá fazer o que você quiser, o texto citado anteriormente, Mateus 21:21-22, é um verdadeiro tiro no pé quando é usado no sentido de ‘negociar com Deus’. Pois é isso que é feito muitas vezes, as pessoas tentam fazer negócios com Deus como se fosse um mercado de ações. Um investimento que gera lucro. Uma coisa que é totalmente impessoal, fugindo do plano de Deus para o homem que é relacionamento. A “oração” chega a parecer um fechamento de contrato (“Eu faço dou dinheiro para a obra de Deus, peço o que quero com fé e Ele tem que me dar. É assim que funciona.”). Acontece que esse texto que é usado nesse sentido mercadológico está no mesmo capítulo em que Jesus entra no templo derrubando as mesas dos mercadores.

“E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas;
E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.”
Mateus 21:12-13

Que coincidência não?

Agora, usar o texto em Salmos 37:4 para querer justificar a doutrina de que “Deus quer realizar todos os meus pedidos” é a maior prova que existe que o povo nem sequer confere o que está sendo pregado, nem sequer se dá ao trabalho de ler o capítulo todo (coisa que recomendo sempre, inclusive com os capítulos citados aqui). Porque a continuação do capítulo nos diz que devemos não confiar em nossos planejamentos e deixar que Deus faça a obra. Isso no versículo seguinte ao verso 4!

“Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará.”
Salmo 37:5

O próprio versículo subseqüente já refuta a idéia que Deus executará as vontades que você planejou. E tem mais! Na continuação do capítulo Deus orienta a não termos inveja e nem nos indignarmos com o enriquecimento dos ímpios, pois mais vale o pouco que tem os justos que a grande riqueza dos ímpios, pois os justos não acumulam tesouros de forma egoísta (conforme é o desejo de muitos que ingressam na doutrina da prosperidade) mas o justo se compadece do seu próximo e o ajuda com o que tem. Reitero que aqui não fala que todos os ricos são ímpios e nem que todo justo é pobre, e sim que mais vale um justo pobre que se compadece do próximo que o enriquecimento egoísta e ilícito de alguns ricos. 

“Descansa no SENHOR, e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos.”
Salmos 37:7

“Vale mais o pouco que tem o justo, do que as riquezas de muitos ímpios.”
Salmos 37:16

“O ímpio toma emprestado, e não paga; mas o justo se compadece e dá.”
Salmos 37:21

Muitos dizem que a palavra de Deus tem várias interpretações. Mas isso é um equívoco (2 Pe 1:20). A palavra de Deus não pode negar a si mesma, portanto deve ser analisada com um todo. Assim sendo, algumas interpretações que trechos isolados podem gerar, são descartadas por outro trecho da bíblia, restringindo a uma única interpretação correta. Foi assim que Jesus fez com o diabo, usou outro trecho da bíblia para desmantelar a interpretação errada que satanás queria passar a Cristo. Logo qualquer outro texto que for usado para dar base à doutrina que Deus quer realizar todos os desejos do seu coração pode ser facilmente refutada. O que a bíblia nos diz, claramente, é que Deus irá realizar o que você pedir se for de acordo com a vontade dEle. O que passar disso é do maligno.

"Me tornei seu inimigo porque te disse a verdade?"

Gálatas 4:16