Como continuação do assunto do texto anterior (clique aqui)
falarei hoje sobre como a vida pessoal do cristão influencia em sua pregação.
Pessoalmente eu prefiro ouvir a pregação do cara aí de cima do que deste aí embaixo... |
Eis aqui um assunto que gera muito pano pra manga: pode um
adúltero pregar sobre o adultério? Pode um fumante pregar contra o cigarro?
Pode um picareta falar de vida com Deus? A resposta é: DEPENDE. Mas depende unicamente de quem ouve, da maturidade de quem ouve.
No início de nossa caminhada com Deus muitos de nós acreditamos
que existem pessoas que são santas e dignas de fazer a obra de Deus, ledo
engano. De fato se olhássemos quem realmente merece estar ali falando da
palavra não haveria ninguém, ninguém! Até mesmo Paulo que foi o homem mais
usado para escrever a palavra de Deus não serviria, olha como ele se descreve
em Timóteo:
"Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que
Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o
principal. "
1 Timóteo 1:15
Mas então porque mesmo tendo consciência disso insistimos em
fazer meritocracia na hora da pregação?
"Não aguento ver fulano pregando porque sei coisas horríveis sobre ele..."
"Você vai na igreja dele? Ele traiu a esposa dele na frente de todo mundo!!"
"O José fala mal de todo mundo e ainda quer falar de Deus..."
Fazemos isso porque somos crianças imaturas que ainda
dependem de bengalas para manter uma vida espiritual rasa, morna e cheia de
limitações. Fazemos isso porque ainda existe a lógica farisáica de achar que
alguém é mais santo e mais digno do que outros (não muito raramente nós mesmos
estamos no topo dessa escala).
E é justamente por causa dessa imaturidade que ministérios
acabam, pessoas são difamadas e o evangelho deixa de proliferar em alguns
lugares. A palavra de Deus independe totalmente do pregador quando este está
falando puramente dela. Se um psicopata ler um texto bíblico em sua origem, o
texto está lido e quem quiser ouvir e receber assim acontecerá. O texto não
perde sua eficácia, é a mente de quem ouve que o limita.
Toda vez que Paulo orienta aos pregadores das cidades das
quais ele era apóstolo, ele fala no sentido de não escandalizar os mais fracos.
Em momento algum ele fala que a palavra perderá sua eficácia. Repetindo
o que citei no último texto, Paulo em Filipenses capítulo 1 fala que não
importa o motivo que levava à pregação, o que importava é que a palavra fosse
pregada.
"Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda
a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei
ainda."
Filipenses 1:18
Infelizmente não podemos evitar que haja cristãos imaturos e
portanto devemos tomar MUITO cuidado com o nosso comportamento quando estamos
em alguma posição de referência. Mas a nós mesmos podemos melhorar de forma que
devemos ser mais maduros no tocante às pregações. É incrível como Deus fala
através de pessoas e situações “religiosamente improváveis” se apenas
aprendermos a ouvir Deus independente da fonte. Se o sujeito traiu a mulher
dele e quer falar de fidelidade, escute!! O comportamento dele não influencia
na verdade dita e talvez por ele ter experiência “prática” ele tenha até coisas
interessantes para dizer. Deus pode falar através dele e quem limita a voz de
Deus na sua vida é sua mente e não a falta de santidade do sujeito, afinal,
quem é santo suficiente para falar qualquer mínima coisa a respeito de Deus?
"Eu sou santo o suficiente para pregar, eu sou!" |
"Me tornei seu inimigo porque te disse a verdade?"
Gálatas 4:16
ui.
ResponderExcluirblog antigo, li dois posts mas gostei muito :)
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