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Esse sem dúvidas é um dos assuntos mais discutidos em
conversas entre cristãos por causa da polêmica que ele causa e por causa das
consequências a que ele leva. Apesar de
haver diversas opiniões, podemos uní-las em duas tendências principais: a
minimalista, derivada das interpretações de Calvino, enxerga a questão “de
cima” e diz que o ser humano não escolhe
o seu destino sendo predestinado por Deus acerca de sua vida (também é conhecida como “Doutrina da Eleição" sob o ponto de vista que Deus
“elegeu” os salvos e os perdidos); a segunda tendência, a maximalista,
defendida principalmente por Arminius, é o extremo oposto, diz que Deus
distribui sua infinita graça e cabe ao homem escolher se irá desfrutar dela ou
não. Eu não sou partidário de nenhuma
das duas tendências e vou explicar o motivo.
Eu não vejo sentido prático nesta discussão uma vez que
qualquer conclusão que se chegue minha vida vai continuar a mesma (por isso que
não acho que predestinação seja uma doutrina uma vez que não influencia em suas
atitudes, apenas muda a forma como você as interpreta). O grande problema para mim que ocorre nesse
caso é a nossa presunção de que podemos chegar a uma conclusão sobre o assunto,
porque não podemos!! Não se trata de uma lógica binária básica aonde um lado
está certo e outro errado, é uma lógica nebulosa aonde ambos os lados podem
estar certos e não podem acusar ao outro de estarem errados. Eu costumo enxergar
alguns mistérios de Deus como uma bola dentro de uma caixa que não podemos
abrir. Fora da caixa Deus escreveu: aí tem uma bola que não é amarela e nem
azul. Aí vem um teólogo e afirma que é verde, vem outro e afirma que é
vermelha, vem outro e afirma que é bicolor. E para mim? Para mim se Deus não
falou a cor da bolinha é porque não ia fazer diferença.
A predestinação causa esse nó mental porque é um assunto que
não pode ser limitado à lógica e nem à nossa noção tempo-espaço. Se por um lado
na bíblia está escrito que Deus elegeu os escolhidos (Rm cáp 8; Ef cáp 1 e
muitos outros) também está escrito na bíblia que Deus não quer que nenhum se
perca (Mt 18:14) e que todo aquele que o receber dá-lhes o poder de serem chamados filhos de Deus...Além
disso a noção de que Deus escolheu quem vai estar com Ele quebra todo o
princípio de relacionamento que é a base do evangelho Cristão. Como resolver
esse paradigma então?
Parece que temos duas opiniões conflitantes, mas não temos.
As duas podem conviver harmoniosamente mas em uma realidade que não coseguimos
emular em nossa pequena mente. O que quero dizer é que nossa mente é fraca demais para chegarmos em uma conclusão sobre esse assunto, e qualquer resposta
definitiva é errada.
No fim das contas decidi escrever isso só porque eu vejo as
pessoas num esforço mental para decifrar um enigma sem solução e inútil. Creio
que tudo o que devemos saber com clareza está escrito com clareza. Se a
predestinação existe nós devemos seguir a doutrina de Cristo em nossas vidas,
se ela não existe também devemos seguir. Para que serve esta teoria então? Para
encher a paciência, dividir os cristãos, vender livros e para meu blog ter mais
visitas =D
Para finalizar deixo aqui sábias palavras que um tal de
Paulo escreveu numa carta ao seu amigo Tito:
“Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e
nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs. “
Tito 3:9
Vamos parar de brigar por causa de predestinação, pode ser? |
"Me tornei seu inimigo porque te disse a verdade?"
Gálatas 4:16
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